Pela manha fizemos uma visita a Sofia e suas igrejas ortodoxas. Confesso que muito pouco conhecia desta vertente do cristianismo, seus icones, rituais e templos. Primeiro, apesar de achar interessante a idéia de Jesus Cristo estar sempre representado vivo, e Maria não ser considerada virgem, acho as imagens e santos bizantinos muito mal encarados. São carrancudos, obscuros e do tipo de poucos amigos. As imagens sao sempre bidimensionais e estranho tambem é o constume das pessoas beijarem as imagens dos santos nas igrejas.
Dentro da igreja, o rito se assiste de pé. Os assentos sao destinados aos velhinhos que nao podem aguentar as duas horas de missa. O padre, antes de iniciar a missa, benze os fieis com incenso e pede permissao ao padroeiro ou santo da igreja para dar inicio. A leitura da biblia é feita, geralmente, de forma cantada e por isto é requisito para o padre ortodoxo possuir uma boa voz.
Fomos a Catedral de Sofia, que possui um coro bastante famoso, que nao interpreta somente canticos religiosos, mas tambem musica classica. A igreja é uma beleza, um com visual muito clean em seu interior, lustres e belos afrescos. Como era domingo, havia uma missa e o coro estava entoando passagens biblicas. A acustica da catedral é fenomenal, e o coro cantando foi de arrepiar.
Visitamos tambem a parte administrativa de Sofia, o palacio da presidencia, palacio de Belas Artes, e uma feirinha ao ar livre, onde havia artesanato bulgaro, mercado de pulgas, quadros e antiguidades.
Deixamos Sofia para irmos a Plovdiv, a segunda maior cidade búlgara. A Bulgária é conhecida como o pais das rosas, que sao cultivadas no Vale das Rosas, onde há um microclima unico para o cultivo de rosas, as quais em nenhum outro lugar do mundo puderam ser cultivadas. Para 2 toneladas de rosas se extrai 1 litro de azeite, que é matéria prima de perfumes da Chanel, Dior, Givenchy, etc, alem de cremes, leite, agua de rosas, e todos os tipos de cosmeticos feitos aqui.
Almoçamos em um restaurante a beira de um riacho, onde comemos truta e salada grega. Chegamos em Plovdiv pela tarde, e visitamos alguns locais onde existem ruinas romanas, já que a cidade foi dominada pelo imperio romano nos primeiros seculos depois de Cristo.
A cidade é realmente muito bonitinha, e mais turistica do que Sofia.
Amanha é dia de conhecer os tais dos otomanos, que não sao os caras mais queridos e bem falados das redondezas...
domingo, 13 de julho de 2008
Dia 24 - Tessalônica - Sofia
Hoje atravessamos a fronteira búlgara a caminho de Sofia. A Bulgária faz parte da CE desde o ano passado, mas ainda adota sua moeda, o Lev (que significa Leão, em búlgaro antigo) A língua búlgara é escrita com o alfabeto cirílico. Se o grego parecia grego, búlgaro é assim....grego elevado a décima potencia. Uns sinais que nunca, jamais vi na vida! Ao menos a matematica me ajudava a entender o grego. Mas o bulgaro...chega a dar calafrios!
Enfim...passamos pela fronteira pela manha, onde tivemos que apresentar os passaportes, e trocamos alguns euros por levas. Logo de cara deu pra sentir a diferença do ambiente. Primeiro, pela paisagem, menos arida e mais arborizada. Aqui já não se vêem mais os quilometros infindáveis de oliveiras como na Grécia (que possui o melhor oleo de oliva do mundo, com a maior quantidade de variedades de olivas), mas sim uma vegetacao mais verde, mais arvores. Depois, já se nota ser o país um dos mais pobres da Europa, com rodovias muito mais simples e precárias.
A Bulgária foi um dos paises que mais sofreu com o fim do socialismo e da URSS. Antes do fim do regime, o pais recebia muita ajuda da Uniao Soviética e hoje o país possui uma das mais carentes economias européias.
Depois da fronteira, viajamos entre as montanhas (o pais possui 60% do seu territorio ocupado por montanhas) para um vilarejinho onde existem montanhas de areia, e é considerado patrimonio da UNESCO. Neste vilarejo, e em toda a regiao, os bulgaros cultivam parreiras em seus quintais e fazem vinhos caseiros em suas proprias adegas. Todas as casinhas, que sao muito pitorescas, possuem suas proprias bodegas.
Depois do almoço fomos visitar o Mosteiro de Rila, em homenagem a São Ivan, que foi o monge que fundou o mosteiro. É o maior mosteiro da regiao dos Balcãs, com sua enorme Igreja Ortodoxa toda decorada por afrescos. O lugar, encravado nas montanhas, estava cheio de turistas e fieis, e é lá que está enterrado o coração do ultimo rei búlgaro, Boris III. Este rei, de origem alema, impediu que a Bulgaria, sabido pais pobre, participasse da IIGM. Hitler, conhecedor das raizes de Boris III, o pressionava para a entrada do pais na guerra, e, nos seus intentos, convidou o rei para um almoço a sos.
Poucos dias depois de tal almoço, o rei veio a falecer. Seu corpo foi exumado decadas depois, quando se descobriu que a morte havia sido por envenenamento. A seu pedido, a familia, que foi morar na Espanha depois de sua morte, enterrou seu coração no mosteiro de Rila.
Chegamos a Sofia pela tardinha, e pudemos ver a sua cara de cidade se reerguendo apos mais de 40 anos de dominio comunista. Suas construções sao antigas, mal conservadas e burocraticas. Os apartamentos nao possuem garagem e os moradores param os carros nas ruas e calçadas. Em contraste vemos novos predios serem construidos, shoppings e industrias que vem se implantando no local, atraidas pela
Enfim...passamos pela fronteira pela manha, onde tivemos que apresentar os passaportes, e trocamos alguns euros por levas. Logo de cara deu pra sentir a diferença do ambiente. Primeiro, pela paisagem, menos arida e mais arborizada. Aqui já não se vêem mais os quilometros infindáveis de oliveiras como na Grécia (que possui o melhor oleo de oliva do mundo, com a maior quantidade de variedades de olivas), mas sim uma vegetacao mais verde, mais arvores. Depois, já se nota ser o país um dos mais pobres da Europa, com rodovias muito mais simples e precárias.
A Bulgária foi um dos paises que mais sofreu com o fim do socialismo e da URSS. Antes do fim do regime, o pais recebia muita ajuda da Uniao Soviética e hoje o país possui uma das mais carentes economias européias.
Depois da fronteira, viajamos entre as montanhas (o pais possui 60% do seu territorio ocupado por montanhas) para um vilarejinho onde existem montanhas de areia, e é considerado patrimonio da UNESCO. Neste vilarejo, e em toda a regiao, os bulgaros cultivam parreiras em seus quintais e fazem vinhos caseiros em suas proprias adegas. Todas as casinhas, que sao muito pitorescas, possuem suas proprias bodegas.
Depois do almoço fomos visitar o Mosteiro de Rila, em homenagem a São Ivan, que foi o monge que fundou o mosteiro. É o maior mosteiro da regiao dos Balcãs, com sua enorme Igreja Ortodoxa toda decorada por afrescos. O lugar, encravado nas montanhas, estava cheio de turistas e fieis, e é lá que está enterrado o coração do ultimo rei búlgaro, Boris III. Este rei, de origem alema, impediu que a Bulgaria, sabido pais pobre, participasse da IIGM. Hitler, conhecedor das raizes de Boris III, o pressionava para a entrada do pais na guerra, e, nos seus intentos, convidou o rei para um almoço a sos.
Poucos dias depois de tal almoço, o rei veio a falecer. Seu corpo foi exumado decadas depois, quando se descobriu que a morte havia sido por envenenamento. A seu pedido, a familia, que foi morar na Espanha depois de sua morte, enterrou seu coração no mosteiro de Rila.
Chegamos a Sofia pela tardinha, e pudemos ver a sua cara de cidade se reerguendo apos mais de 40 anos de dominio comunista. Suas construções sao antigas, mal conservadas e burocraticas. Os apartamentos nao possuem garagem e os moradores param os carros nas ruas e calçadas. Em contraste vemos novos predios serem construidos, shoppings e industrias que vem se implantando no local, atraidas pela
Dia 23 - Atenas - Paralia - Tessalônica
Hora de nos despedirmos de Atenas e rumar para Tessalônica, segunda maior cidade da Grécia. Tessalônica, (ou Thessaloniki, para os gregos), quer dizer vitoria de Tessália, região onde se localiza a cidade. A cidade esteve sob o dominio dos imperios bizantino e otomano, e tornou-se parte da Grécia em 1913, depois da Guerra dos Balcãs.
Antes de chegarmos, passamos por uma cidade litorânia, Paralia, que se localiza aos pés do Monte Olimpo, a morada dos Deuses gregos. É a maior montanha da Grécia, mas nada de muito monumental, menos de 3 mil metros de altura. O local serviu para a lenda grega pois o cume do monte sempre está em penumbra, obscuro e pouco visivel. Como não se podia ver o pico do Olimpo, deveria ser ali a casa dos deuses, segundo o povo grego.
Chegamos a tardinha em Tessalônica, cidade muito bonita e jovem, cheia de lojas elegantes, ruas arborizadas, e uma orla repleta de cafés chiques e gente bonita e bem vestida. A cidade foi destruida duas vezes por grandes terremotos, um no começo do século passado, quando 70 mil pessoas ficaram desabrigadas, e outro no final da década de 80. A Grécia se localiza em um local de encontro de placas tectonicas, por isso, tanto Atenas como Tessalônica não possuem edificios altos. Passeamos pelo centro, passando pela beira mar, onde existe um grande porto, algumas fortificações e uma torre chamada Torre Branca, que foi construida na Idade Média, onde fazia parte das muralhas que cercavam a cidade, servindo, inclusive, como prisão. Nunca havia ouvido falar desta cidade, que me surpreendeu muito, e recomendo a visita algum dia na vida!
Amanhã partimos para Bulgária.
Dia 22 - Atenas - Poros - Hydra - Aegina
Hoje fizemos um pequeno cruzeiro pelas ilhas sarônicas, as mais proximas de Atenas, no mar Egeu. O tempo colaborou, com muito sol, ceu azul e um calor moderado.
O passeio durou das 8h30 da manhã às 20h da tarde. Primeiro visitamos Poros, uma ilha um tanto rustica e bem turistica, com muitas lojas de souvenirs gregos e restaurantes.
A segunda ilha, Hydra, foi a mais bela. Uma agua de cor inexplicavel, mesclando um azul marinho, com azul piscina e azul turquesa. Lindo mesmo. Uma ilha mais elegante, com casinhas de pedra em cima dos morros, alguns iates, muitos restaurantes agradaveis, lojas de roupas e de bugiganguinhas. O interessante dessa ilha eram os burrinhos que serviam como taxi para subir nas partes mais altas, que eram repletas de casinhas dos locais. Ali tambem havia um local para mergulho, com inumeros peixinhos nadando na agua cristalina. Até uma escada de piscina tinha instalada na pedra para subir apos o mergulho. Demais!
Após a visita de Hydra almoçamos no barco, com um show de dança e musica gregas, animadissimo!
A ultima parada foi em Aegina, a maior das ilhas sarônicas. Lá pudemos ir a um balneario, onde salguei-me no Egeu! Agua otima, em um mar calmo, limpido e quente.
A volta foi muito boa, com o sol mais ameno, muita brisa e visual de emocionar.
Espetacular.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Dia 21 - Kalambaca - Meteora - Atenas
Kalambaca foi uma cidadezinha que me surpreendeu. É um ovinho, mas muito simpatica, convidativa, cheia de vida. O visual foi realmente um espetáculo a parte, as formacoes geologicas do local eram antigos fundos de um lago na era glacial, que lapidou de maneira muito interessante as rochas.
E para estas rochas que fomos hoje. Subimos 1700 metros para conhecer um mosteiro que funciona em cima de uma das montanhas de rochas. Apesar de hoje possuir uma estrada, tudo sobe para lá por um pequeno funicular. Mas já foi bem diferente. Antigamente os monges (que sao de ordem bizantina, e se nao seguirem carreira podem se casar e ter filhos) subiam em redes, na posicao fetal, puxados por uma roldana movida por outros monges. E nas primeiras peregrinacoes de monges para o local, as condicoes de vida eram ainda mais assustadoras. As rochas possuem umas crateras em suas superficie, quase como uma topografia lunar, mas nas paredes das montanhas. Os monges se metiam nesses buracos e ali viviam do que encontravam para comer.
A Grécia é oficialmente ortodoxa, e suas igrejas recebem ajuda de custo do Estado. O interessante desta religiao sao as imagens veneradas. Cristo nunca está na cruz, pois ele ressuscutou, e não faz sentido, para eles, a imagem dele crucificado. Maria sempre está abaixo de Jesus nas imagens, pois eles a consideram inferior a ele. Alem disso, na igreja ortodoxa Maria não é Virgem, pois para eles é impossivel conciliar maternidade/virgindade. Bem lógico, não?
No mosteiro o visual era maravilhoso. Verde por todos os lados e aquelas montanhas de rochas, parecia filme de ficção. Saimos do mosteiro e rumamos em direção a Atenas. Em poucas horas alcançamos a costa e o mar Egeu, passando pela ilha Eubéia e por Termópilas, que foi palco de uma importante batalha grega.
A batalha de Termópilas ocorreu durante as Guerras Médicas, mais de 400 anos a. C. A Grécia estava sendo derrotada pelos Persas quando Leonidas reune 300 dos melhores guerreiros espartanos para fazer frente com os milhares de persas comandados por Xerxes. É, isso mesmo...aquele filme. Então, segundo nosso guia, foi naquele periodo que se desenvolveu a estratégia militar, pois foi em Termópilas, exatamente no local onde passamos hoje, que Leonidas organizou seu exercito em uma fenda para surpreender os persas e ganhar a batalha.
Outra historia interessante é a da tentativa do Rei Dario I, da Persia, pai de Xerxes, que foi expulso da Grécia, no séc. V a. C., na batalha de Maratona. Esta batalha inaugura a época de ouro de Péricles. Quando os gregos derrotaram os persas, um de seus soldados, Filipo (filos, amigo; ipo, cavalo) correu 40,6km para avisar aos atenienses, que fugiam para a ilha da Salamina crentes da vitoria persa, que a Grécia havia ganho a batalha. Chegando em Atenas, Filipo morre. E em 1896, com o inicio da nova era das Olimpíadas, batiza-se de maratona a corrida olimpica de 40,6km. Em 1932, nos jogos olimpicos da Inglaterra, a pedido da rainha, que queria que a corrida passasse em frente ao palacio real, foram acrescidos mais 2km à maratona, chegando aos 42,6km hj conhecidos. Atenas é uma cidade de aparencia muito nova e moderna. Dos temos antigos, restam apenas poucas colunas e a Acrópole. Aqui há pouquissimos predios altos, pois a cidade sofre de constantes abalos sismicos. De cima da Acrópole, vê-se toda a cidade e suas colinas, e o mar Egeu. A vista é maravilhosa....a visita a Atenas só faz sentido depois que vc sobe até lá. É triste de ver que o patrimonio grego ali foi inumeras vezes pilhado e é explorado hoje por outros paises, sendo que as mais belas estatuas que ornamentavam o Parthenon hoje estão no Museu Britanico e algumas no Louvre, alem de outros museus do mundo.
Mas o Parthenon se impoe por si, e estar ali, rodeado por Atenas e toda a nossa imaginacao, é uma experiencia inenarravel. Mais impressionante do que isto foi somente o calor de hoje. Tivemos 45 graus em Atenas. Agora faz 30, e estamos pra lá da meia-noite.
Amanhã faremos um cruzeiro de um dia pelas ilhas Sarônicas: Egina, Poros e Hydra, que sao as mais proximas de Atenas.
E para estas rochas que fomos hoje. Subimos 1700 metros para conhecer um mosteiro que funciona em cima de uma das montanhas de rochas. Apesar de hoje possuir uma estrada, tudo sobe para lá por um pequeno funicular. Mas já foi bem diferente. Antigamente os monges (que sao de ordem bizantina, e se nao seguirem carreira podem se casar e ter filhos) subiam em redes, na posicao fetal, puxados por uma roldana movida por outros monges. E nas primeiras peregrinacoes de monges para o local, as condicoes de vida eram ainda mais assustadoras. As rochas possuem umas crateras em suas superficie, quase como uma topografia lunar, mas nas paredes das montanhas. Os monges se metiam nesses buracos e ali viviam do que encontravam para comer.
A Grécia é oficialmente ortodoxa, e suas igrejas recebem ajuda de custo do Estado. O interessante desta religiao sao as imagens veneradas. Cristo nunca está na cruz, pois ele ressuscutou, e não faz sentido, para eles, a imagem dele crucificado. Maria sempre está abaixo de Jesus nas imagens, pois eles a consideram inferior a ele. Alem disso, na igreja ortodoxa Maria não é Virgem, pois para eles é impossivel conciliar maternidade/virgindade. Bem lógico, não?
No mosteiro o visual era maravilhoso. Verde por todos os lados e aquelas montanhas de rochas, parecia filme de ficção. Saimos do mosteiro e rumamos em direção a Atenas. Em poucas horas alcançamos a costa e o mar Egeu, passando pela ilha Eubéia e por Termópilas, que foi palco de uma importante batalha grega.
A batalha de Termópilas ocorreu durante as Guerras Médicas, mais de 400 anos a. C. A Grécia estava sendo derrotada pelos Persas quando Leonidas reune 300 dos melhores guerreiros espartanos para fazer frente com os milhares de persas comandados por Xerxes. É, isso mesmo...aquele filme. Então, segundo nosso guia, foi naquele periodo que se desenvolveu a estratégia militar, pois foi em Termópilas, exatamente no local onde passamos hoje, que Leonidas organizou seu exercito em uma fenda para surpreender os persas e ganhar a batalha.
Outra historia interessante é a da tentativa do Rei Dario I, da Persia, pai de Xerxes, que foi expulso da Grécia, no séc. V a. C., na batalha de Maratona. Esta batalha inaugura a época de ouro de Péricles. Quando os gregos derrotaram os persas, um de seus soldados, Filipo (filos, amigo; ipo, cavalo) correu 40,6km para avisar aos atenienses, que fugiam para a ilha da Salamina crentes da vitoria persa, que a Grécia havia ganho a batalha. Chegando em Atenas, Filipo morre. E em 1896, com o inicio da nova era das Olimpíadas, batiza-se de maratona a corrida olimpica de 40,6km. Em 1932, nos jogos olimpicos da Inglaterra, a pedido da rainha, que queria que a corrida passasse em frente ao palacio real, foram acrescidos mais 2km à maratona, chegando aos 42,6km hj conhecidos. Atenas é uma cidade de aparencia muito nova e moderna. Dos temos antigos, restam apenas poucas colunas e a Acrópole. Aqui há pouquissimos predios altos, pois a cidade sofre de constantes abalos sismicos. De cima da Acrópole, vê-se toda a cidade e suas colinas, e o mar Egeu. A vista é maravilhosa....a visita a Atenas só faz sentido depois que vc sobe até lá. É triste de ver que o patrimonio grego ali foi inumeras vezes pilhado e é explorado hoje por outros paises, sendo que as mais belas estatuas que ornamentavam o Parthenon hoje estão no Museu Britanico e algumas no Louvre, alem de outros museus do mundo.
Mas o Parthenon se impoe por si, e estar ali, rodeado por Atenas e toda a nossa imaginacao, é uma experiencia inenarravel. Mais impressionante do que isto foi somente o calor de hoje. Tivemos 45 graus em Atenas. Agora faz 30, e estamos pra lá da meia-noite.
Amanhã faremos um cruzeiro de um dia pelas ilhas Sarônicas: Egina, Poros e Hydra, que sao as mais proximas de Atenas.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Dia 20 - Igoumenitsa - Ioannina - Kalambaca
Tomamos café no navio e desembarcamos às 9h30, em Igoumenitsa, no mar Jônico, em direção à Ioannina (Ιωάννινα, em grego) capital da região de Épiro. Ioannina é uma cidadezinha que fica na beira do lago Pamvotis, e fica bem ao norte da Grécia. Segundo Aníbal, esta é a cidade natal dos pais de Maria Callas (de sobrenome original Kalogheropoulos) e Jeniffer Aniston (nome de nascimento Jennifer Anastassakis).
Grécia foi o nome dado pelos romanos para a populacao e regiao helênica. Na verdade, aqui o país é conhecido como Hellas. Tem mais ou menos o tamanho continental do estado de Santa Catarina (100 mil metros quadrados), mas seu território aumenta 22% somando seu arquipélago. Possui mais de 3 mil ilhas e ilhotas, sendo que somente 600 delas são habitadas.
Por ser geograficamente tão recortado, o país possui mais de 15 mil km de costa (quase o dobro do Brasil) e, por isso, a Grécia vive hoje, basicamente de turismo. A estimativa para esse ano é receber 16 milhões de turistas. Não é um pais rico, mas sua população possui uma razoavel homogeneidade economica. Quase a totalidade de sua energia é importada (da Macedônia) e a utilização de energia solar é muito comum. A energia eólica começou a ser explorada, mas ainda é inexpressiva, devido ao alto custo desta tecnologia.
Tem como típicos o oléo de oliva (terceiro produtor mundial, atras de Espanha e Itália), as uvas passas (primeiro produtor mundial), o algodao (10.o produtor mundial). As embarcações gregas também são expressivas na economia, importadas para varios lugares do mundo.
Hoje passamos pelos Bálcas, que cortam o a peninsula em duas partes. Épiro foi uma regia anexada à Grecia somente em 1913, depois da Guerra dos Bálcas, que foi precursora da IGM. Como a região tinha sido dominada pela Bulgária, a cultura aqui era de origem eslava. E por isto foi criado na regiao um Centro de Helenização para difundir a cultura grega. Este centro, hoje, é uma importante universidade do país.
Em Ioannina, fomos almoçar em uma ilhazinha do lago Pamvotis, encantadora. A ilha parecia um povoadinho daqueles de filme, não com as casinhas brancas como as de Santorini, mas um vilarejinho limpissimo, cheio de pessoas simpaticas, com casinhas floridas, pequenas praças, e uma vista maravilhosa.
Os problemas continuam sendo dois: o calor (a previsao é para mais de 40 graus nos proximos dias) e a comunicação. Nesta ilha, ninguem falava ingles, ou uma lingua latina. Eram os malditos omegas, sigmas, lambdas novamente. É brincar de adivinhação! Ainda bem que nosso querido gua Aníbal fala um grego e nos quebra um galho.
Passamos por varias lojinhas onde experimentamos produtos tipicos, doces muito gostosos e um licorzinho vermelho otimo. Almoçamos um prato típico: salada grega (tomate, pepino, cebola, azeitonas, queijo de cabra e muito tempero de ervas e oleo de oliva), truta e batatas. Diliça!
Depois da pança cheia, voltamos a nossa peregrinação e seguimos para Kalambaca. Seguindo nosso guia, essa palavra quer dizer "cara de monge", devido a uma formacao rochosa na cidade (Meteora) onde se pode ver as feições de um monge, além de abrigar um monastério no alto de suas rochas.
O caminho foi tao bonito quanto amedrontador. Subimos os bálcãs até 1800m, por estradinhas muuuito estreitas e sem parapeito, mas os paisagens eram lindissimas. Dizem que a regiao é muito fria no invero, e neva muito, até ursos pardos vivem lá. Mas só acredito vendo...
Chegamos em Kalambaca às 18h30. A cidade é minuscula, turistica, com apenas 8 mil habs. Mas dando uma olhada no local se entende o porquê. Kalambaca fica num vale rodeado de formações rochosas maravilhosas, linda mesmo. A cidade é cheia de barzinhos, gente na rua, super agitada.
Tivemos uma janta no hotel, muito boa! Amanhã o rumo a Atenas.
Grécia foi o nome dado pelos romanos para a populacao e regiao helênica. Na verdade, aqui o país é conhecido como Hellas. Tem mais ou menos o tamanho continental do estado de Santa Catarina (100 mil metros quadrados), mas seu território aumenta 22% somando seu arquipélago. Possui mais de 3 mil ilhas e ilhotas, sendo que somente 600 delas são habitadas.
Por ser geograficamente tão recortado, o país possui mais de 15 mil km de costa (quase o dobro do Brasil) e, por isso, a Grécia vive hoje, basicamente de turismo. A estimativa para esse ano é receber 16 milhões de turistas. Não é um pais rico, mas sua população possui uma razoavel homogeneidade economica. Quase a totalidade de sua energia é importada (da Macedônia) e a utilização de energia solar é muito comum. A energia eólica começou a ser explorada, mas ainda é inexpressiva, devido ao alto custo desta tecnologia.
Tem como típicos o oléo de oliva (terceiro produtor mundial, atras de Espanha e Itália), as uvas passas (primeiro produtor mundial), o algodao (10.o produtor mundial). As embarcações gregas também são expressivas na economia, importadas para varios lugares do mundo.
Hoje passamos pelos Bálcas, que cortam o a peninsula em duas partes. Épiro foi uma regia anexada à Grecia somente em 1913, depois da Guerra dos Bálcas, que foi precursora da IGM. Como a região tinha sido dominada pela Bulgária, a cultura aqui era de origem eslava. E por isto foi criado na regiao um Centro de Helenização para difundir a cultura grega. Este centro, hoje, é uma importante universidade do país.
Em Ioannina, fomos almoçar em uma ilhazinha do lago Pamvotis, encantadora. A ilha parecia um povoadinho daqueles de filme, não com as casinhas brancas como as de Santorini, mas um vilarejinho limpissimo, cheio de pessoas simpaticas, com casinhas floridas, pequenas praças, e uma vista maravilhosa.
Os problemas continuam sendo dois: o calor (a previsao é para mais de 40 graus nos proximos dias) e a comunicação. Nesta ilha, ninguem falava ingles, ou uma lingua latina. Eram os malditos omegas, sigmas, lambdas novamente. É brincar de adivinhação! Ainda bem que nosso querido gua Aníbal fala um grego e nos quebra um galho.
Passamos por varias lojinhas onde experimentamos produtos tipicos, doces muito gostosos e um licorzinho vermelho otimo. Almoçamos um prato típico: salada grega (tomate, pepino, cebola, azeitonas, queijo de cabra e muito tempero de ervas e oleo de oliva), truta e batatas. Diliça!
Depois da pança cheia, voltamos a nossa peregrinação e seguimos para Kalambaca. Seguindo nosso guia, essa palavra quer dizer "cara de monge", devido a uma formacao rochosa na cidade (Meteora) onde se pode ver as feições de um monge, além de abrigar um monastério no alto de suas rochas.
O caminho foi tao bonito quanto amedrontador. Subimos os bálcãs até 1800m, por estradinhas muuuito estreitas e sem parapeito, mas os paisagens eram lindissimas. Dizem que a regiao é muito fria no invero, e neva muito, até ursos pardos vivem lá. Mas só acredito vendo...
Chegamos em Kalambaca às 18h30. A cidade é minuscula, turistica, com apenas 8 mil habs. Mas dando uma olhada no local se entende o porquê. Kalambaca fica num vale rodeado de formações rochosas maravilhosas, linda mesmo. A cidade é cheia de barzinhos, gente na rua, super agitada.
Tivemos uma janta no hotel, muito boa! Amanhã o rumo a Atenas.
Dia 19 - Roma - Loreto - Ancona
Dia de tomar rumo novamente, deixar a Itália e seguir para a peninsula balcânica. Roma foi bastante interessante, ainda mais com os amigos do staff do hotel que fiz, super gentis e atenciosos. Antonio, o concierge carequinha, foi o mais divertido, me fazendo varias perguntas estranhas sobre o povo e cultura brasileiros. Enquanto eu ficava ali no hall com meu lépitópi, eis que sempre surgia Antonio, com perguntas curiosas, e uma coca cola ou uma água pra me servir! :D
Enfim, saímos de Roma de manhã e por volta das 11h chegamos em Loreto, uma cidadezinha medieval bem típica da regiao de Marche, centro do Itália. Esta cidade fica bem próxima de Castelraimondo, onde fiz o curso ano passado, e tem as mesmas caracteristicas. Ruas estreitas, uma grande praça no meio, onde fica a igreja, um muro cercando o centro historico. Mas o mais encantador desta cidade era a vista que tinhamos para o mar Adriático. Loreto fica em uma colina alta, pois as cidades medievais eram construidas longe do mar, ao menos uns 10km. Dali podemos ver uns 200 graus de mar, sem obstaculos, uma paisagem realmente maravilhosa.
O caminho até Loreto foi muito bonito. Cruzamos novamente os Apeninos para chegar na costa leste da peninsula itálica, do lado do mar Adriático. As cidades que margeiam a costa são todas muito novas, pois as cidadezinhas medievais se encontram do outro lado da rodovia.
O nosso novo guia, Aníbal, é uma comédia. Careca desses tipo Pinduca, veste-se como um típico italiano (calças e camisas coladissimas, com muitos adereços) - mas odeia a Itália e o Berlusconi - , mora em Madri, fala espanhol, italiano, grego, e um portugues muiiito malandro (vocêis num pricisa ixquentá cabeça cum grana pessual!). Super brabão, mas muito eficiente. Adorei.
Enfim....como dica do Anibal, compramos uma garrafa de vinho em Loreto (pra felicidade do meu pai) pra tomar no navio ("uma bobadjinha prá currtirr nu naviu"). Um rosso piceno, que é um vinho regional, encorpado, um pouco acido, mas bem saboroso. Lembra os espanhóis tempranillos. Saímos de Loreto e partimos para Ancona, que é uma cidadezinha portuária nao muito bonita, nada para se fazer por ali.
Chegando em Ancona, seguimos para o navio que nos levaria a Igoumenitsa, na Grécia. Confesso que esperava um catamarã, uma jangada, ou uma daquelas balsas que atravessam o rio Amazonas cheia de redes penduradas. Boa surpresa. O navio era novo, muito bonito, com varios andares, bares, lojas, restaurantes, cinema, piscina. lounge. Realmente ótimo para o proposito. Claro que não ficamos numa cabine com vista para o mar nem nada, mas a viagem foi excelente.
Entrando no navio, estavamos em jurisdicao grega. Já de cara, os tiozinhos que nos recepcionavam tinham aquela tipica cara de grego. Isso é realmente uma coisa curiosa...todo grego tem cara de grego...aquela cara de Toni Ramos. Aí, no mais, descobri a razao das minhas aulas de matematica. Cada linha do cardapio era uma equacao! Um tal de sigma-pi-lambda-teta...agora me arrependo de nao ter prestado atenção nas aulas da sétima série do Prof. Leodir.
Na Grécia, estamos uma hora adiantados. Então, entramos as cinco no navio e automaticamente passamos para as seis horas. A viagem duraria até as 9 horas do dia seguinte, com desembarque no primeiro porto, em Igoumenitsa.
No navio, achei que fosse passar uma longa noite explorando o local. Mais ainda, achei que veria o nascer do sol, ou o por do sol, que deve realmente ter sido fantastico. Mas que nada...depois do jantar encostei a cabeça no travesseiro pra dar uma sonequinha e só acordei às sete da manha do dia seguinte.
Antes de aportar, passamos pela costa da Albania. A Albania é um pais muçulmano e, por conta disto, muitos deles estavam a bordo do navio. Assim...40 graus e as menininhas, desde muito cedo, cobertas da cabeça aos pés. Viver assim é um crime.
Enfim, saímos de Roma de manhã e por volta das 11h chegamos em Loreto, uma cidadezinha medieval bem típica da regiao de Marche, centro do Itália. Esta cidade fica bem próxima de Castelraimondo, onde fiz o curso ano passado, e tem as mesmas caracteristicas. Ruas estreitas, uma grande praça no meio, onde fica a igreja, um muro cercando o centro historico. Mas o mais encantador desta cidade era a vista que tinhamos para o mar Adriático. Loreto fica em uma colina alta, pois as cidades medievais eram construidas longe do mar, ao menos uns 10km. Dali podemos ver uns 200 graus de mar, sem obstaculos, uma paisagem realmente maravilhosa.
O caminho até Loreto foi muito bonito. Cruzamos novamente os Apeninos para chegar na costa leste da peninsula itálica, do lado do mar Adriático. As cidades que margeiam a costa são todas muito novas, pois as cidadezinhas medievais se encontram do outro lado da rodovia.
O nosso novo guia, Aníbal, é uma comédia. Careca desses tipo Pinduca, veste-se como um típico italiano (calças e camisas coladissimas, com muitos adereços) - mas odeia a Itália e o Berlusconi - , mora em Madri, fala espanhol, italiano, grego, e um portugues muiiito malandro (vocêis num pricisa ixquentá cabeça cum grana pessual!). Super brabão, mas muito eficiente. Adorei.
Enfim....como dica do Anibal, compramos uma garrafa de vinho em Loreto (pra felicidade do meu pai) pra tomar no navio ("uma bobadjinha prá currtirr nu naviu"). Um rosso piceno, que é um vinho regional, encorpado, um pouco acido, mas bem saboroso. Lembra os espanhóis tempranillos. Saímos de Loreto e partimos para Ancona, que é uma cidadezinha portuária nao muito bonita, nada para se fazer por ali.
Chegando em Ancona, seguimos para o navio que nos levaria a Igoumenitsa, na Grécia. Confesso que esperava um catamarã, uma jangada, ou uma daquelas balsas que atravessam o rio Amazonas cheia de redes penduradas. Boa surpresa. O navio era novo, muito bonito, com varios andares, bares, lojas, restaurantes, cinema, piscina. lounge. Realmente ótimo para o proposito. Claro que não ficamos numa cabine com vista para o mar nem nada, mas a viagem foi excelente.
Entrando no navio, estavamos em jurisdicao grega. Já de cara, os tiozinhos que nos recepcionavam tinham aquela tipica cara de grego. Isso é realmente uma coisa curiosa...todo grego tem cara de grego...aquela cara de Toni Ramos. Aí, no mais, descobri a razao das minhas aulas de matematica. Cada linha do cardapio era uma equacao! Um tal de sigma-pi-lambda-teta...agora me arrependo de nao ter prestado atenção nas aulas da sétima série do Prof. Leodir.
Na Grécia, estamos uma hora adiantados. Então, entramos as cinco no navio e automaticamente passamos para as seis horas. A viagem duraria até as 9 horas do dia seguinte, com desembarque no primeiro porto, em Igoumenitsa.
No navio, achei que fosse passar uma longa noite explorando o local. Mais ainda, achei que veria o nascer do sol, ou o por do sol, que deve realmente ter sido fantastico. Mas que nada...depois do jantar encostei a cabeça no travesseiro pra dar uma sonequinha e só acordei às sete da manha do dia seguinte.
Antes de aportar, passamos pela costa da Albania. A Albania é um pais muçulmano e, por conta disto, muitos deles estavam a bordo do navio. Assim...40 graus e as menininhas, desde muito cedo, cobertas da cabeça aos pés. Viver assim é um crime.
domingo, 6 de julho de 2008
Dia 18 - Roma
Dia livre! Isso significa felicidade, passarinhos cantando, cigarras cigarreando, arco iris, borboletas, fadas, gnomos e todas as coisas bunitas. Acordamos as quaaase nove horas, o que quer dizer “nossaaaaa, como dormimoooos!” e fomos ao Coliseu e Foro Romano. Surpreendi-me com a boa vontade do meu pai hoje para caminhar – e que caminhada! - pelo foro, que é um tal de sobe escadinha, desce escadinha, sobe morro, desce morro. Aliás, ali, todos os caminhos levam à casa de Augusto.
Esse tal de Augusto devia ser um cara muito festeiro, pop total, imagino que todos que iam a Roma estavam querendo dar um chego lá no Augusto, comer um churrasquinho, tomar uma bera.....ou um vinho né. Não tinha uma placa, qualquer que fosse a direção, onde não se lesse “Casa di Augusto”. Bem interessante essa sinalização por aqui. Palhaçadas à parte, nunca havia entrado no Foro Romano e Palatino, e hoje me perguntei o porquê, pois, para mim, foi de longe o lugar mais interessante que visitamos em Roma. Além do parque ser lindo, cigarrinhas cigarreando por toda a parte (a cidade está repleta de cigarras, seja dia, seja noite, estão elas cigarreando), pés de louro a granel e toda aquela lembrança da Gilda e suas aulas de Direito Romano...
Interessante mesmo aqui são as fontes de água potável, espalhadas por toda a cidade. Como é bom dar uma refrescada no corinho! Até porque, nem precisa dizer, as nuvens não gostam da gente por aqui. Lembrei até que a Japaline me pediu...”Aliana, me traz uma nuvem de presente da Europa”....sorry, mais fácil até trazer uma Ferrari. Sei que sentirei saudades em poucos dias, mas tá fooooda o calor! Num guento mais o salgadinho do pelego!
E a brasileirada que tem por aqui....poxa, se trupica em um brasileiro em cada esquina de Roma. Não sei se é bom ou ruim, mas é esquisito se ouvir mais português do que italiano.
Fomos passear pelas pracinhas depois do Foro....Fontana di Trevi (duas moedinhas, uma pra fazer um pedido, outra pra voltar a Roma), Piazza di Spagna, del Popolo, Navona. Hoje moí as pernas dos vovozinhos....o pai já tava tendo alucinação, conversando com qualquer mulher que parava ao lado dele achando que era minha mãe, com direito a catuco nas desconhecidas e tudo...Aiaiai..haha!
Amanhã, partimos para Ancona, com parada em Loreto. De Ancona seguimos de ferry para a Grécia. A aventura continua....e o calor também!
Esse tal de Augusto devia ser um cara muito festeiro, pop total, imagino que todos que iam a Roma estavam querendo dar um chego lá no Augusto, comer um churrasquinho, tomar uma bera.....ou um vinho né. Não tinha uma placa, qualquer que fosse a direção, onde não se lesse “Casa di Augusto”. Bem interessante essa sinalização por aqui. Palhaçadas à parte, nunca havia entrado no Foro Romano e Palatino, e hoje me perguntei o porquê, pois, para mim, foi de longe o lugar mais interessante que visitamos em Roma. Além do parque ser lindo, cigarrinhas cigarreando por toda a parte (a cidade está repleta de cigarras, seja dia, seja noite, estão elas cigarreando), pés de louro a granel e toda aquela lembrança da Gilda e suas aulas de Direito Romano...
Interessante mesmo aqui são as fontes de água potável, espalhadas por toda a cidade. Como é bom dar uma refrescada no corinho! Até porque, nem precisa dizer, as nuvens não gostam da gente por aqui. Lembrei até que a Japaline me pediu...”Aliana, me traz uma nuvem de presente da Europa”....sorry, mais fácil até trazer uma Ferrari. Sei que sentirei saudades em poucos dias, mas tá fooooda o calor! Num guento mais o salgadinho do pelego!
E a brasileirada que tem por aqui....poxa, se trupica em um brasileiro em cada esquina de Roma. Não sei se é bom ou ruim, mas é esquisito se ouvir mais português do que italiano.
Fomos passear pelas pracinhas depois do Foro....Fontana di Trevi (duas moedinhas, uma pra fazer um pedido, outra pra voltar a Roma), Piazza di Spagna, del Popolo, Navona. Hoje moí as pernas dos vovozinhos....o pai já tava tendo alucinação, conversando com qualquer mulher que parava ao lado dele achando que era minha mãe, com direito a catuco nas desconhecidas e tudo...Aiaiai..haha!
Amanhã, partimos para Ancona, com parada em Loreto. De Ancona seguimos de ferry para a Grécia. A aventura continua....e o calor também!
Dia 17 - Roma
Hoje pela manhã fizemos a “visita panoramica” da janelinha do ônibus. Roma é a tal da cidade em que se tropeça, literalmente, em história, com cada ladrilho, cada tijolo contando uma historia do desenvolvimento desta cultura da qual tanto herdamos, até mesmo o jeito grossaião e afobado de ser. Em Roma não se pode parar os ônibus turísticos no centro histórico, então o jeito foi olhar da janelinha mesmo. Mas o mais divertido mesmo foram os nordestinos que devem ter tirado umas 8 mil fotos das janelas do ônibus, surfando de pé dentro do busão pra tirar foto do asfalto, da folha da árvore, do saco de lixo no meio fio. Há beleza em tudo, minha gente!
Depois da visita, fomos à Basílica de São Pedro e ao museu do Vaticano. Muvuca total, muita gente...se eu achava que no inverno estava cheio, no verão isso aqui é um formigueiro humano, me senti na China, no meio do rush, complicado mesmo. E o museu não tem refrigeração, que pena dos meus velhinhos. Sinceramente, fora os corredores belíssimos, os mosaicos e a capela Sistina, não consigo achar muita graça nesse museu. Talvez porque é muito mal explicado, mal sinalizado, se vc não tem guia, ou ao menos audio guia, fica tonteando pra lá e pra cá sem saber o que ver. Enfim, mas estando aqui, não tem como não ir.
À noite tivemos uma visita ao Trastevere, bairro boêmio de Roma, mas recusei, muito obrigada, era hora de esticar as perninhas e dormir porque o corpo pede arrego! Os velhinhos foram curtir uma noite romantica no Trastevere, até imagino...:D. Depois da minha soneca, tive uma conversa interessante com o concierge do hotel. Ele quis tirar uma duvidazinha básica que atormentava o seu ser, perguntando-me porque que no Brasil havia tantos transsexuais, pois em Roma existiam inumeros deles. Bom, o problema, amigo concierge, é que aqui na Itália o mercado é aquecidissimo, e tendo demanda, o povo vem servir!
Leo, estou me esforçando pra me livrar da minha barriguinha de grávida, viu...nem tomei gelato hoje!
Depois da visita, fomos à Basílica de São Pedro e ao museu do Vaticano. Muvuca total, muita gente...se eu achava que no inverno estava cheio, no verão isso aqui é um formigueiro humano, me senti na China, no meio do rush, complicado mesmo. E o museu não tem refrigeração, que pena dos meus velhinhos. Sinceramente, fora os corredores belíssimos, os mosaicos e a capela Sistina, não consigo achar muita graça nesse museu. Talvez porque é muito mal explicado, mal sinalizado, se vc não tem guia, ou ao menos audio guia, fica tonteando pra lá e pra cá sem saber o que ver. Enfim, mas estando aqui, não tem como não ir.
À noite tivemos uma visita ao Trastevere, bairro boêmio de Roma, mas recusei, muito obrigada, era hora de esticar as perninhas e dormir porque o corpo pede arrego! Os velhinhos foram curtir uma noite romantica no Trastevere, até imagino...:D. Depois da minha soneca, tive uma conversa interessante com o concierge do hotel. Ele quis tirar uma duvidazinha básica que atormentava o seu ser, perguntando-me porque que no Brasil havia tantos transsexuais, pois em Roma existiam inumeros deles. Bom, o problema, amigo concierge, é que aqui na Itália o mercado é aquecidissimo, e tendo demanda, o povo vem servir!
Leo, estou me esforçando pra me livrar da minha barriguinha de grávida, viu...nem tomei gelato hoje!
Dia 16 - Veneza - Ravena - Assis - Roma
Mais uma mudança de casa, agora em direção a Roma. Saímos cedíssimo de Veneza, pois o caminho até Roma era longo. Desta vez nem sei o que dizer do nosso percurso, pois dormi 100% do tempo...é dura essa vida de caixeiro viajante!
Tivemos duas paradas: a primeira foi em Ravena, onde alguns fizeram uma visita a um monumento bizantino ou coisa assim. Depois de algumas horas de soninho, fizemos a segunda parada, em Assis, para visitarmos a Igreja de São Francisco de Assis. A cidade é uma belezinha: o local onde fica a igreja é em um morro elevado, de onde se tem uma visão panorâmica de todo o vale e os apeninos. São Francisco pode até ter feito voto de pobreza, mas ele sabia onde estava amarrando o burrico!
Claro que fazia um calor insuportável e eu estava de shorts e regata, ou seja, pelada aos olhos de Deus. Não pude entrar na Igreja (ai que triiiiiiste....nossaaaaaaa) e, para me penitenciar, fiquei passeando pelas ruazinhas da cidade tomando um gelato. Engraçado como são essas coisas...não se pode entrar na igreja com os braços pelados, que enorme pecado mostrar a carne. Quer dizer, São Francisco ficou peladão para ceder seus vestimentas aos pobres e leprosos, mas eu não posso entrar no templo dele com meus braços de fora num calor de derreter corações de pedra...vaaai entender!!! Será que se eu fizesse uma doação de cem euros eles ainda iam achar ruim meus bracinhos de fora?!?! Hunf!
Enfim, saindo de Assis, agora rumamos até Roma, onde ficaremos até segunda-feira. Chegamos por volta das 20h, molto caldo pra variar, só tomando uns sorvetinhos italianos pra conseguir esfriar o pelego. Bom mesmo é o bronzeado xadrez que a gente adquire aqui....cada dia com uma roupa diferente.
O hotel fica um pouquinho afastado do centro, na Via Aureliana, mas é muito bom, e o staff bem atencioso. No quarto dos pais até sacadinha com limoeirinho tem. Meu pai já ficou com os olhos brilhando pensando na caipirinha.
Tivemos duas paradas: a primeira foi em Ravena, onde alguns fizeram uma visita a um monumento bizantino ou coisa assim. Depois de algumas horas de soninho, fizemos a segunda parada, em Assis, para visitarmos a Igreja de São Francisco de Assis. A cidade é uma belezinha: o local onde fica a igreja é em um morro elevado, de onde se tem uma visão panorâmica de todo o vale e os apeninos. São Francisco pode até ter feito voto de pobreza, mas ele sabia onde estava amarrando o burrico!
Claro que fazia um calor insuportável e eu estava de shorts e regata, ou seja, pelada aos olhos de Deus. Não pude entrar na Igreja (ai que triiiiiiste....nossaaaaaaa) e, para me penitenciar, fiquei passeando pelas ruazinhas da cidade tomando um gelato. Engraçado como são essas coisas...não se pode entrar na igreja com os braços pelados, que enorme pecado mostrar a carne. Quer dizer, São Francisco ficou peladão para ceder seus vestimentas aos pobres e leprosos, mas eu não posso entrar no templo dele com meus braços de fora num calor de derreter corações de pedra...vaaai entender!!! Será que se eu fizesse uma doação de cem euros eles ainda iam achar ruim meus bracinhos de fora?!?! Hunf!
Enfim, saindo de Assis, agora rumamos até Roma, onde ficaremos até segunda-feira. Chegamos por volta das 20h, molto caldo pra variar, só tomando uns sorvetinhos italianos pra conseguir esfriar o pelego. Bom mesmo é o bronzeado xadrez que a gente adquire aqui....cada dia com uma roupa diferente.
O hotel fica um pouquinho afastado do centro, na Via Aureliana, mas é muito bom, e o staff bem atencioso. No quarto dos pais até sacadinha com limoeirinho tem. Meu pai já ficou com os olhos brilhando pensando na caipirinha.
sábado, 5 de julho de 2008
Dia 15 - Turim - Veneza
Vamos lá entao...mais um dia de abre mala, fecha mala e partimos direto para Veneza. O caminho de Turim a Veneza corta os Apeninos, que é uma cadeia de montanhas que corta a península itálica de cima abaixo, como uma coluna vertebral. Como estamos indo em direção ao leste, para o Adriático, cruzamos os Apeninos, que me pareceram como uma serra do mar brasileira. O caminho foi realmente muito bonito e até incomodo, com pontes de altura vertiginosa que parecia nos fazer voar naquele monte de area verde montanhosa.
Calor para variar, chegamos em Veneza perto das 4 da tarde. O onibus parou num estacionamento em Marghera, onde pegamos o vaporetto, transporte publico que se utiliza para chegar em Veneza. A cidade é um espetáculo...é uma aventura se perder pelas inumeras ruelas de Veneza, entre os canais e os becos, uma verdadeira teia de aranha cheia de lojinhas, gelaterias e haute couture.
Visitamos uma fabrica de cristais de murano, onde vimos um tiozinho fazendo ornamentos em vidro. Ao lado de um forno de 1500 graus. De lá caminhamos tudo, da praça e basilia de Sao Marco, Palacio Ducale, até a Ponte Rialto e as inumeras ruazinhas.
Apesar da beleza da cidade, um dia basta e muito para conhece-la. A nao ser que se tenha muita grana sobrando pra curtir os lugarzinhos de Veneza, com agua mineral a 5 euros.
Dormirmos hj aqui, amanhã seguimos para Roma.
Calor para variar, chegamos em Veneza perto das 4 da tarde. O onibus parou num estacionamento em Marghera, onde pegamos o vaporetto, transporte publico que se utiliza para chegar em Veneza. A cidade é um espetáculo...é uma aventura se perder pelas inumeras ruelas de Veneza, entre os canais e os becos, uma verdadeira teia de aranha cheia de lojinhas, gelaterias e haute couture.
Visitamos uma fabrica de cristais de murano, onde vimos um tiozinho fazendo ornamentos em vidro. Ao lado de um forno de 1500 graus. De lá caminhamos tudo, da praça e basilia de Sao Marco, Palacio Ducale, até a Ponte Rialto e as inumeras ruazinhas.
Apesar da beleza da cidade, um dia basta e muito para conhece-la. A nao ser que se tenha muita grana sobrando pra curtir os lugarzinhos de Veneza, com agua mineral a 5 euros.
Dormirmos hj aqui, amanhã seguimos para Roma.
Dia 14 - Paris - Chamonix - Turim
Hora de despedida de Paris. Foi realmente muito bom ficar uns dias a mais aqui. Por várias razoes. Primeiro porque Paris é Paris, e nao importa quantas vezes se venha aqui, sempre terá alguma coisa diferente, nova e emocionante para se fazer. Segundo porque é muito bom poder se fixar um pouco mais em algum lugar, e não precisar abrir e fechar mala a todo instante. Terceiro porque eu pude ver Luli e Pica, dar ennnnnnne risadas e matar as saudades...ainda mais no novo Chateau!
Enfim, mas hoje é dia de ir embora e dar adieu, com dor no coração, porque a vontade era ficar muito mais. Seguimos entao para Chamonix, que é uma cidadezinha a la Gramado ou Campos do Jordão, que fica no pé do Mont Blanc, mas que no momento serve mais para veraneio, porque nem perto das geleiras aqui nessa época podemos nos livrar do calorzao.
Chamonix é um charme! Pra não dizer que não se sente a neve, o corrego que corta a cidade faz um ar condicionado natural no meio das ruas, pois é proveniente do degelo das montanhas. Parece aquelas cidadezinhas tiradas dos livros de historias infantis. Cercada de montanhas com picos nevados, bondinhos e telefericos, com casinhas de arquitetura tipica alpina, lojinhas, e as indefectíveis pessoas felizes caminhando nas ruas, como nao pode deixar de ter em todas as cidades perfeitas européias.
Mas de perfeito, só o visual, porque assim que chegamos em Chamonix nosso onibus quebrou. Nem foi tao ruim ficar mais 1h curtindo aquele lugar, mas isso nos atrasou mais 1h para a chegada em Turim, cidade que apenas utilizaremos como dormitório.
Onibus trocado, passamos entao para a fronteira da França com a Itália, entre os Alpes. Atravessamos um tunel abaixo dos alpes, que chama-se "tunel do silencio": 11km abaixo de montanhas, onde temperatura e nivel de gases emitidos pelos veiculos sao controlados por sensores eletronicos para evitar o risco de avalanches ou acidentes. Nao se pode tirar fotos com flash dentro do tunel, e se o veiculo nao estiver nas condicoes necessarias para atravessar, seu ingresso não é permitido. Se for problema de temperatura, passa por um banho de resfriamento.
Passando o tunel, chegamos ao lado italiano, de onde seguimos para Turim. Chegamos por volta das 22h, quebradaços, só esperando para cair na cama e descansar o que pudermos. Amanhã, seguimos para Veneza.
Enfim, mas hoje é dia de ir embora e dar adieu, com dor no coração, porque a vontade era ficar muito mais. Seguimos entao para Chamonix, que é uma cidadezinha a la Gramado ou Campos do Jordão, que fica no pé do Mont Blanc, mas que no momento serve mais para veraneio, porque nem perto das geleiras aqui nessa época podemos nos livrar do calorzao.
Chamonix é um charme! Pra não dizer que não se sente a neve, o corrego que corta a cidade faz um ar condicionado natural no meio das ruas, pois é proveniente do degelo das montanhas. Parece aquelas cidadezinhas tiradas dos livros de historias infantis. Cercada de montanhas com picos nevados, bondinhos e telefericos, com casinhas de arquitetura tipica alpina, lojinhas, e as indefectíveis pessoas felizes caminhando nas ruas, como nao pode deixar de ter em todas as cidades perfeitas européias.
Mas de perfeito, só o visual, porque assim que chegamos em Chamonix nosso onibus quebrou. Nem foi tao ruim ficar mais 1h curtindo aquele lugar, mas isso nos atrasou mais 1h para a chegada em Turim, cidade que apenas utilizaremos como dormitório.
Onibus trocado, passamos entao para a fronteira da França com a Itália, entre os Alpes. Atravessamos um tunel abaixo dos alpes, que chama-se "tunel do silencio": 11km abaixo de montanhas, onde temperatura e nivel de gases emitidos pelos veiculos sao controlados por sensores eletronicos para evitar o risco de avalanches ou acidentes. Nao se pode tirar fotos com flash dentro do tunel, e se o veiculo nao estiver nas condicoes necessarias para atravessar, seu ingresso não é permitido. Se for problema de temperatura, passa por um banho de resfriamento.
Passando o tunel, chegamos ao lado italiano, de onde seguimos para Turim. Chegamos por volta das 22h, quebradaços, só esperando para cair na cama e descansar o que pudermos. Amanhã, seguimos para Veneza.
Dia 13 - Paris - Versalhes
Incrível como a previsão do tempo tem nos enganado por aqui. Até agora pouquissimos pingos cruzaram nosso caminho, e o sol anda impiedoso. Hoje, novamente, faz um tempo fenomenal aqui em Paris, o que é excelente pois vamos ao Palácio de Versalhes e seus infindáveis jardins.
Versalhes fica no suburbio de Paris, e foi o local escolhido pelo rei Luis XIV para a construção de um Palácio, no séc. XVII, para reunir a corte francesa e poder fazer suas caçadas. O Palácio passou por inumeras reformas e etapas de construção, e possui seus salões com nomes de deuses romanos...Salão de Venus, Saturno, Jupiter, Apolo, etc. A melhor parte fica por conta da Ópera, Salão dos Espelhos e Aposentos do Rei e da Rainoa.
A riqueza do Palácio é sem igual. O custo para mante-lo girava em torno de 25% dos rendimentos totais da França à época. Estima-se que 36 mil homens e 6 mil cavalos foram necessários para o deslocamento de vigas, pedras, e blocos de mármore. Além destes, os melhores ourives, pintores, escultores, arquitetos, inclusive Le Vau, que planejou o Jardin des Tulleries, foram contratados para criar uma das joias mais lindas da arquitetura, feita as custas de muito dinheiro explorado dos pobres coitados como nós.
Os jardins são um show a parte. Parece uma ditadura verde, onde nenhuma folha pode estar fora de seu devido lugar. Não se consegue visitar tudo em um dia....as caminhadas sao longas e os caminhos sao repletos de pessoas fazendo piqueniques, cooper, caminhadas, andado de bike. Os lagos são habitados por cisnes e patos, entre os barquinhos alugados pelos visitantes do parque. As flores estavam por todos os lados, colorindo cada pedaço dos jardins. Realmente um pedaço do paraíso.
Depois de horas de caminhada em Versalhes, separada do grupo, pois os pais voltaram bem antes ao hotel, voltei a Paris de trem, num calor infernal, para subirmos, como prometido aos velhinhos, à Torre. Calor, calor, calor em Paris, hoje tivemos mais de 35 graus, sofrido, minha gente.
Deixei os velhinhos na fila da torre e fomos eu, Luli e Pica jantar em Montmartre. Fomos em um restaurante libanes, onde comi carneiro, salada e batatinhas coradas, uma diliça escondida entre os becos de Paris!! Como é bom ter amigos locais! Tomamos um sorvetinho do lado da Sacre Coeur, maior agito nas escadarias, showzinho de musica, povo bebendo nos gramadinhos...paramos pra dar uma olhada no visual, pois de Montmartre se vê Pairs inteira, e eis que surge lá no fundo a Torre Eiffel...azul! Azulzinha, com as estrelas da UE, parecendo aquelas torrezinhas que os nigerianos ou afins vendem nos arredores. Fomos pra lá conferir de perto, e o que passava era que a França, hj, foi eleita para a presidência da UE pelos próximos seis meses e, em homenagem, a torre ficou azul, como a bandeira da UE. Espetacular.
Agora, Paris ficou para trás. Amanhã seguiremos para Chamonix e Turim.
Versalhes fica no suburbio de Paris, e foi o local escolhido pelo rei Luis XIV para a construção de um Palácio, no séc. XVII, para reunir a corte francesa e poder fazer suas caçadas. O Palácio passou por inumeras reformas e etapas de construção, e possui seus salões com nomes de deuses romanos...Salão de Venus, Saturno, Jupiter, Apolo, etc. A melhor parte fica por conta da Ópera, Salão dos Espelhos e Aposentos do Rei e da Rainoa.
A riqueza do Palácio é sem igual. O custo para mante-lo girava em torno de 25% dos rendimentos totais da França à época. Estima-se que 36 mil homens e 6 mil cavalos foram necessários para o deslocamento de vigas, pedras, e blocos de mármore. Além destes, os melhores ourives, pintores, escultores, arquitetos, inclusive Le Vau, que planejou o Jardin des Tulleries, foram contratados para criar uma das joias mais lindas da arquitetura, feita as custas de muito dinheiro explorado dos pobres coitados como nós.
Os jardins são um show a parte. Parece uma ditadura verde, onde nenhuma folha pode estar fora de seu devido lugar. Não se consegue visitar tudo em um dia....as caminhadas sao longas e os caminhos sao repletos de pessoas fazendo piqueniques, cooper, caminhadas, andado de bike. Os lagos são habitados por cisnes e patos, entre os barquinhos alugados pelos visitantes do parque. As flores estavam por todos os lados, colorindo cada pedaço dos jardins. Realmente um pedaço do paraíso.
Depois de horas de caminhada em Versalhes, separada do grupo, pois os pais voltaram bem antes ao hotel, voltei a Paris de trem, num calor infernal, para subirmos, como prometido aos velhinhos, à Torre. Calor, calor, calor em Paris, hoje tivemos mais de 35 graus, sofrido, minha gente.
Deixei os velhinhos na fila da torre e fomos eu, Luli e Pica jantar em Montmartre. Fomos em um restaurante libanes, onde comi carneiro, salada e batatinhas coradas, uma diliça escondida entre os becos de Paris!! Como é bom ter amigos locais! Tomamos um sorvetinho do lado da Sacre Coeur, maior agito nas escadarias, showzinho de musica, povo bebendo nos gramadinhos...paramos pra dar uma olhada no visual, pois de Montmartre se vê Pairs inteira, e eis que surge lá no fundo a Torre Eiffel...azul! Azulzinha, com as estrelas da UE, parecendo aquelas torrezinhas que os nigerianos ou afins vendem nos arredores. Fomos pra lá conferir de perto, e o que passava era que a França, hj, foi eleita para a presidência da UE pelos próximos seis meses e, em homenagem, a torre ficou azul, como a bandeira da UE. Espetacular.
Agora, Paris ficou para trás. Amanhã seguiremos para Chamonix e Turim.
Dia 12 - Paris
Hoje voltamos a nossa super hiper mega blaster legal excursao, com os super mega dili citytours e tal. Aqui começamos a segunda parte da viagem, que incluem as cidades mais amadas do povao brasileiro...Paris, Veneza, Roma...E já deu pra notar uma gigante diferença entre as pessoas que fazem esse tipo de viagem.
Enquanto no leste tivemos a companhia de pessoas mais cultas, educadas, que já estavam voltando pela segunda, terceira, quarta vez a Europa, aqui conhecemos varios deslumbrados, que tiram foto até do coco da pomba da rua do suburbio de Paris. Um povo meio caipira, que acha que é rei só porque tá na Europa. O mendigo pedinte ali do lado tb tá em Paris!!!
Enfim, hj pela manha fizemos a visita panoramica a cidade, e depois visitamos o Louvre. O que todo mundo já sabe é que não se pode ver nem um por cento do museu em um dia só. Mais do que isso, pra poder saber o que é cada coisinha que está ali se leva mais de um ano. Ano passado eu passei 6 horas lá dentro pra dar uma passadinha por tudo e sem saber o que era quase nada...como disse um amigo meu, "eu pago 9 euros pra ver uma pedra preta, uma mulher sem braço e um quadrinho atras de um vidro". Dessa vez, com os pais velhinhos, a gente foi mesmo atras da pedra preta, da mulher maneta e do quadrinho...Mas o Louvre é legal. Cade esquininha tem muita história. É um lugar que a gente não se cansa.
À noite fomos eu e Luli passear no Auchan, que nao é o Louvre, mas é tão legal quanto!! Céus, nunca vi tanto queijo junto na minha vida! :D:D Depois das compras, comemos uma saladinha à francesa, que quer dizer muitas calorias em forma de folhas, no chateau pica-luli e voltei para a minha casinha no suburbio parisiense.
Enquanto no leste tivemos a companhia de pessoas mais cultas, educadas, que já estavam voltando pela segunda, terceira, quarta vez a Europa, aqui conhecemos varios deslumbrados, que tiram foto até do coco da pomba da rua do suburbio de Paris. Um povo meio caipira, que acha que é rei só porque tá na Europa. O mendigo pedinte ali do lado tb tá em Paris!!!
Enfim, hj pela manha fizemos a visita panoramica a cidade, e depois visitamos o Louvre. O que todo mundo já sabe é que não se pode ver nem um por cento do museu em um dia só. Mais do que isso, pra poder saber o que é cada coisinha que está ali se leva mais de um ano. Ano passado eu passei 6 horas lá dentro pra dar uma passadinha por tudo e sem saber o que era quase nada...como disse um amigo meu, "eu pago 9 euros pra ver uma pedra preta, uma mulher sem braço e um quadrinho atras de um vidro". Dessa vez, com os pais velhinhos, a gente foi mesmo atras da pedra preta, da mulher maneta e do quadrinho...Mas o Louvre é legal. Cade esquininha tem muita história. É um lugar que a gente não se cansa.
À noite fomos eu e Luli passear no Auchan, que nao é o Louvre, mas é tão legal quanto!! Céus, nunca vi tanto queijo junto na minha vida! :D:D Depois das compras, comemos uma saladinha à francesa, que quer dizer muitas calorias em forma de folhas, no chateau pica-luli e voltei para a minha casinha no suburbio parisiense.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Dia 11 - Paris
Domingo em Paris. Sol, calor absurdo, 30 graus na sombra. Hoje fomos passear na Torre, que está decorada com estrelinhas da bandeira da UE. Deixei meus pais no centro para passear de Bateaux Parisiens enquanto eu, Luli e Clair, a menina dos robos, fomos visitar um Shopping nos arredores de Paris. Porque eu viajo sem grana, mas ao menos quero ver as coisas xiques né!
Neste shopping havia uma villa de outlet. Villa porque era uma rua com varias casinhas fofas que abrigavam lojinhas da D&G, CK, Chanel, Armani, Cacharel, Givenchi, Salvatore Ferragamo, e tal, e tal, e tal. Juuuro que tinham coisas a preço de dolce e banana, juro mesmo, e só nao comprei porque tava fechando..hahaa, mintchira, nao comprei porque essas coisas nao combinam com meu ser mendigo. Mas o dia q eu for xiqui juro que vai ser lá que irei renovar meu guarda-roupa.
A noite voltamos para o Luli-Pica's place para ver a final da Eurocopa. Gostei do resultado, mas nao houve nenhuma comemoração por aqui....parece que os espanhois nao tem vez em Paris.
Amanha tem Louvre!
Neste shopping havia uma villa de outlet. Villa porque era uma rua com varias casinhas fofas que abrigavam lojinhas da D&G, CK, Chanel, Armani, Cacharel, Givenchi, Salvatore Ferragamo, e tal, e tal, e tal. Juuuro que tinham coisas a preço de dolce e banana, juro mesmo, e só nao comprei porque tava fechando..hahaa, mintchira, nao comprei porque essas coisas nao combinam com meu ser mendigo. Mas o dia q eu for xiqui juro que vai ser lá que irei renovar meu guarda-roupa.
A noite voltamos para o Luli-Pica's place para ver a final da Eurocopa. Gostei do resultado, mas nao houve nenhuma comemoração por aqui....parece que os espanhois nao tem vez em Paris.
Amanha tem Louvre!
Dia 10 - Paris
Finalmente pudemos esticar as pernas, descansar e fazer as coisas tranquilas! Afinal, teremos 4 dias ainda inteiros de Paris!!
Hoje visitamos a Champs-Élysées, Grand e Petit Palais, Les Invalides, ponte Alexandre III, a Place de la Concorde, Jardin des Tulleries e finalmente o Musee d'Orsay. Sinceramente, é o museu que mais gosto de Paris. Ao menos por sua pinacoteca. É o museu das obras impressionistas...de Renoir, Monet, Cezanne, Degas, Gaugin, Van Gogh, que antigamente abrigava uma estação de trem.
Hoje visitamos a Champs-Élysées, Grand e Petit Palais, Les Invalides, ponte Alexandre III, a Place de la Concorde, Jardin des Tulleries e finalmente o Musee d'Orsay. Sinceramente, é o museu que mais gosto de Paris. Ao menos por sua pinacoteca. É o museu das obras impressionistas...de Renoir, Monet, Cezanne, Degas, Gaugin, Van Gogh, que antigamente abrigava uma estação de trem.
Nao sou nenhuma entendedora de arte, sou uma apreciadora ingenua e despretensiosa. E nesse museu existem dois dos quadros mais bonitos que já vi na vida. Um de Renoir (Le moulin de la galette), e outro de Gustave Caillebotte (Les raboteurs de parquet). Como já disse, nao entendo de tecnicas de pintura, mas a iluminação destes quadros é fantástica, a sensacao de que tudo vai se mover a qualquer momento é algo sem igual.
Hoje fazia um tempinho xexelento quando, ao sairmos do museu, nos deparamos com o calor do sol. Os jardins do Louvre estavam lotados, cheio de casais, crianças, jovens...fazendo piqueniques, descansando, conversando. O calor move a cidade, e tira todos de suas casas para aproveitar os inumeros locais de lazer que Paris oferece.
É época de soldes em Paris. Aqui é o governo que decide quando as lojas podem fazer promoções. Fomos entao, eu e o Luli, passear em Marais para ver as lojinhas. Eis que quando chegamos perto da Bastilha começamos a ver um povinho com bandeiras de arco-iris, baloes, piercings, cuecas de couro, beijos barbados e muitos torsos a mostra. Eram velhos, novos, homens e mulheres....O dia de gay pride com direito a uma baladona ao ceu aberto com meninas e meninos se pegando na maior. Paris é isso!!
Andamos entre o povo e pela primeira vez me senti a excecao a regra, a estranha que atraia olhares...eu queria ter tirado mais fotos, mas eu percebi que a errada ali era eu, eles que deveriam tirar fotos de mim! :D:D Ao final, foi muito pitoresco, mas divertido.
Fomos depois em um restaurante basco, onde comemos uma salada megacalorica e muito deliciosa. Voltamos à casa do Luli e Pica, onde estavam Dorien, o velhao surfer, e Clair, a amiga deles que é engenheira de robôs. Mais um dia divertido em Paris! :D:D
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